Mal o vê a mulher de vermelho,
mas se vê no espelho
achando se enxergar.
Não o vê o homem sem sonhos.
Há muito mal sabia o tom do céu,
nem que o céu era todo seu.
Não o sente o guri sob o Sol.
Criança que sofre quando o verde cruel
degreda a esperança.
Não o devora o avô, que toma a vergonha azul
de um vasto arco-íris de remédio.
Agora! decide entre morrer, ou morrer de tédio.
A mulher de vermelho passa uma sombra anil
sonhando com o homem sem sonhos.
O guri sorri ao mesmo tempo que as lágrimas gritam.
O avô não decide pelo tédio, desejando que o céu seja violeta.
O arco-íris cortante rasga o céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário